sábado, 17 de dezembro de 2011

cont... parte 1

- E o papai, como ele esta?
-Ele esta bem. Ele quer falar com você.
-O i Isinha, como você esta?
- Eu estou muito bem, e o senhor?
-Eu estou bem. Sabe quem perguntou por você? O Jorge.
Arh. Não acredito! O que aquele idiota queria? - Foi mesmo pai? O que ele queria?
-Ele queria saber como você estava, disse que estava morrendo de saudades de você e mandou um beijo.
- Foi mesmo? Hummm... – será que aquele idiota estava achando que eu ainda ia dar chance para ele depois do que ele fez como minha amiga Jessica? Quando ele ficou com ela e depois de uma hora foi pedir para ficar comigo.
Filha, você devia dar uma chance para ele.
- Pai, você sabe muito bem o que eu acho em relação a ele. Sabe o que o senhor faz? Mande-o ir para... - Eu interrompi-me percebendo que eu estava falando com meu pai e de que eu não gostava de falar palavrões na frente dele-... O RAIO que o parta.
Tudo bem. Sua tia quer falar com você. Abraço querida.
- Abraço pai. Amo-te.
-Oi, como esta minha sobrinha querida? Olha, eu vou falar rápido porque o telefone esta caro, eu pus dinheiro na sua conta hoje, não esqueça que você vai receber a casa semana que vem.
- Tudo bem titia, eu não vou esquecer. Tia queria que a senhora estivesse aqui, eu não conheço nada da Inglaterra.
Não se preocupe, quando começar a as suas aulas de na universidade, você vai encontrar uma menina que vai ser sua, tipo, guia turista, ela vai ser sua companheira na casa, ela vai lhe ajudar a pagar as contas. Olha, trate de arranjar logo um estagio, meu dinheiro não vai durar para sempre.
-Ué, pensei que ela havia dito que me sustentaria, mas é claro que mesmo se ela me sustentasse durante um longo tempo é claro que eu iria tratar logo de achar um emprego, qualquer que fosse para não ficar dependendo dela eternamente. - Pensei comigo mesma.
- Tudo bem tia. Bom, tenho que desligar. Sabia que aqui no hotel tem hora para tudo, pra jantar e para o Café- manhã? Amo você tia. Beijão.
Assim que desliguei o telefone fui ler atenciosamente as instruções que a recepcionista mandou. Nela dizia que a hora do jantar iria se servido 7 horas da noite, olhei para o relógio apenas para certificar-me de que horas eram. Quando terminei de falar ao telefone eram exatamente 11 horas, me surpreendi, nunca havia passado tanto tempo ao telefone antes.
- Nossa! Passei uma hora ao telefone?
Fui ao banheiro e preparei um banho para mim. Abri a torneira da banheira e deixei que ficasse totalmente cheia de água morna, pus sais de banho e espumas. Enquanto a banheira enchia fui ver um pouco da cidade, sob a luz da Lua, através da janela do banheiro. Pelo pouco que vi da rua, percebi que as pessoas que passavam por ela eram diferentes das pessoas que eu via no Brasil que eram pessoas estressadas, apressadas, vivam correndo para todos os lados, os ingleses eram diferentes, eram calmos, educados, bem diferentes dos brasileiros e percebi que eles têm um habito de tomar muito chá.
Voltei à banheira, ela já estava cheia. Desliguei a torneira e tirei minhas roupas, prendi meu cabelo para ir tomar meu banho. Quando senti a água me minha pele, foi como se eu tivesse em uma sala de terapia. Por um minuto todas as minhas tensões da viajem havia passado. Fiquei concentrada apenas em banho, na espuma tocando meu corpo, fiquei completamente relaxada.
Terminei o banho, enrolei-me em uma toalha do hotel e fui procurar uma roupa para mim. Achei uma roupa que minha mãe havia comprado uma semana antes de minha viagem para Inglaterra. Era uma blusa azul escura de mangas compridas com algumas redás sutis, uma causa jeans azul e um casaco jeans azul escuro, estava fazendo frio em Londres. Vesti-me, pus meu relógio e decí para conhecer um pouco deste país que minha tia admirava tanto. Assim que sai do hotel vi um taxi vago, não pensei duas vezes e o peguei.
- Deseja ir onde senhora?- Disse o taxista, devia ter, talvez, seus cinquenta anos, cabelo grisalho, usava óculos fundo de garrafas com aros de tartaruga, vestia uma blusa xadrez, pareceu ser muito simpático.
- Leve-me a alguns pontos turísticos da famosa Londres. - disse sorrindo um pouco.
- Tudo bem! – Respondeu com um belo sorriso no rosto.
- Quer ver o Big Bang?
- Estava pensando nele agora mesmo!
- Então vou mostrar-lhe o famoso relógio inglês.
O motor rugiu feito leão e fomos nos encontrar com o famoso relógio.
- A senhora não é daqui, não é, de Londres?
- Nem da Inglaterra. Sou do Brasil.
- A senhora é brasileira? – disse surpreendido.
- Sou. Por quê? Há algum problema?
- Não senhora, não há problema nenhum. Surpreendi-me porque a senhora fala um inglês perfeito, bem melhor do que muitos ingleses, como se a senhora morasse aqui mesmo, no Reino Unido.
- Hummm. Não, eu sou brasileira mesmo e com muito orgulho. - falei rindo.

sábado, 10 de dezembro de 2011

capitullo 1



Eram 5 horas da manhã e simplesmente estava fazendo de tudo para não chorar, mas parecia ser impossível. Estou deixando minha família, meus amigos, meu mundo. Vou para outro continente do outro lado do Oceano Atlântico, estou indo para Inglaterra.

Eu havia falado a meus pais que, quando eu terminasse o colegial e finalmente me formasse, eu iria para universidade em outro país. Minha tia me deu o maior apoio quando soube, dizendo que iria comprar minha passagem, que me sustentaria totalmente, com a condição de que eu fosse para Inglaterra, pois lá há um dos melhores estudos de todo o mundo. Eu realmente não estava querendo ir para este país, não que ele não fosse bonito ou tivesse um ótimo ensino, mas eu estava querendo ir para Espanha, afinal eu havia feito curso de espanhol para isso, mas como ela havia dito que me sustentaria, eu disse que iria.

E agora estou eu, aqui com 17 anos, diploma nas mãos, no aeroporto internacional de fortaleza, indo para meu novo futuro, indo a um país que eu não conheço. Deixando minha família, meus amigos, em outras palavras, o meu mundo.

- Isis, ficaremos com muitas saudades, minha filha. - Meu pai estava me abraçando com muita força, ele estava fazendo de tudo para não chorar e eu também com nenhum sucesso.

- Eu também, meu pai! Mãe cuide do papai, pai, cuide da mamãe.

- Adeus minha filha querida, eu vou cuidar sim de seu pai, não se preocupe- Eu sabia que não deveria me preocupar com eles, principalmente com minha mãe, Camilla, ela é uma típica pessoa cuidadosa, totalmente responsável, eu não podia entregar meu pai, meio loquinho, brincalhão... Em melhores mãos. Minha mãe é uma pessoa que nasceu para ser mãe e esposa. – ligue-nos assim que você chegar ao hotel! Ao propósito, qual é mesmo o nome dele?

-Tudo bem mãe, eu ligo! E o nome dele é Jumeirah Carlton Tow.

- Dê-me um abraço minha queridinha da titia. Ah, eu já comprei a sua casa, só que os donos só vão lhe entregar semana que vem e não se preocupe com as despesas eu mandarei o dinheiro pra você todo final do mês.

- Não precisa tia!- Minha tia era uma dessas pessoas que pensam que todo mundo depende do dinheiro dela, principalmente eu, que estava indo para outro país, mas eu amava aquela mulher que eu tenho orgulho de chamá-la de tia.

Passageiros do vôo 17144, atenção para a ultima chamada.

- Eu acho que esta é nossa despedida definitiva. - Eu suspirei.

Apanhei minhas malas e fui para a sala de embarque. Olhei para traz e vi minha mãe com o rosto em prantos, olhos vermelhos de tanto chorar, enxugando uma lágrima que havia escapado de seus olhos. Meu pai já era um pouco mais controlado, seus olhos estavam lacrimejosos, mas não derramou nenhuma lágrima.

Quando cheguei ao avião, fui procurar meu assento, não foi difícil achá-lo. Assim que ele decolou, senti náuseas e uma dor de cabeça desgrassada! Eu sempre sentia isso quando viajava de avião. Uma vez, quando eu tinha 15 anos, estava viajando para Brasília, para a casa de minha tia, com minha prima Bianca ,além de sentir estes sintomas eu ainda senti minha cabeça se esmagando, foi meio constrangedor, de acordo com minha prima eu estava ficando meio verde, bom, mas isso já é outra historia.

- Aceita bombons? – Uma aeromoça, com roupas azul-escuro, de cabelos amarrados, maquiagem um pouco pesada para ser usada pela manhã, perguntou-me gentilmente com um vasto sorriso no rosto.

- Claro!- Era o mínimo que eu podia fazer para melhorar minhas náuseas. Peguei cinco bombons e comecei a mastigar um.

Senti-me um pouco enjoada de repente, abri a janela que estava à minha esquerda e notei que o avião estava decolando. Senti uma pontada de saudades no meu coração e um medo terrível, não do avião, mas sim de saber que daqui a 17 horas estaria em outro país longe de tudo o que eu conhecia.

Depois de 1 hora consegui dormir e tive um sonho bem estranho. No meu sonho havia um homem lindo de, mais ou menos 24 anos, pele branca, cabelos castanho dourado, olhos verdes cor de esmeralda- bem expressivos- estatura alta de uns 1.90 de altura, nem muito forte nem muito fraco. Bem, o sonho não parece estranho, nas o estranho não foi o sonho em si e sim que quando acordei eu não consegui parar de pensar nele, como se eu estivesse apaixonada por ele sem tê-lo conhecido.

Balancei a cabeça para me livrar da imagem que me atormentava.

- Que loucura- Sussurrei para mim mesma.

No almoço oferecido pela companhia aérea se poderia escolher entre peixe com arroz branco, salada com vinho branco e peito de frango com arroz branco salada de couve e tomate com vinho tinto. Eu escolhi o peixe, pois é minha comida favorita. E no jantar poderíamos escolher entre sopa de legumes com torradas ou sulco com sanduíche natural ou, simplesmente, iogurte natural com torradas, claro que escolhi o sanduíche natural com sulco, pois detesto sopa de legumes e iogurte natural, e para sobremesa um saboroso café tipicamente brasileiro.

Dezessete horas se passaram e finalmente cheguei à Inglaterra. Fui fazer o cheque in e fui pedir informação de onde pegar um taxi. Peguei-o que este me levou direto ao hotel em que eu estava hospedada.

Assim que cheguei, fui direto a recepção confirmar minha reserva.

- Qual o nome que foi feita a reserva?- Perguntou uma mulher, em inglês, magra, farda branca, olhos escuros, com aparência cansada, algumas olheiras sobre seus olhos.

- Isis Abreu Barros.

- Um momentinho que eu vou confirmar sua reserva.

- Ok!

A recepcionista olhou o computador e confirmou.

- Quarto 230.

- Muito obrigada.

- A camareira levara suas malas para o quarto, lá a senhora vai encontrar uma folha que vai estar no seu frigobar, ela diz quando o café-da-manhã será servido, a hora do almoço e do jantar. Tenha uma ótima noite. - Ela estendeu a mão com um cartão, que era minha chave.
Peguei-a e fui procurar meu quarto, acompanhada pela camareira e minhas bagagens.

- Seu quarto é este, senhora. - Informou-me ela, apontando para uma porta cor de mogno com um número 230 em aço.

Dei uma gorjeta de dez dólares para ela e a camareira se foi. Fui ver meu quarto. Ele era enorme, tinha uma pequena salinha com dois sofás cor de marfim, entre os sofás havia uma mesinha pequena e baixa de vidro, o banheiro tinha uma toalha de banho e outra de rosto brancas com o nome do hotel, a água da torneira era morna, no Box havia uma chuveiro e uma banheira, o piso era de madeira juntamente com as paredes, era um lugar bem relaxante, na pia havia xampu, condicionador, sabonete liquido e sais de banho. A cama era de casal, enorme, ao lado dela se encontrava o frigobar com o papel que a recepcionista havia informado. Resolvi ler os regulamentos depois que eu ligasse para minha família.

Olhei para o relógio e ele marcava 10 e meia hora da noite, como o meridiano de Greenwich ficava bem na Inglaterra vi que em Fortaleza deveria ser mais ou menos umas seis e meia da noite, pois eram 3 horas de diferença.

- Eles devem estar jantando. - Falei comigo mesmo. Peguei o telefone e liguei p eles. Alguém atendeu.

-Alô!

-Alô! É Isis. Quem fala?

-Isis?! Claudio é a Isis! Como você esta, meu amor? Fez boa viajem? Como é seu quarto? A Inglaterra é bonita? Você viu o Big Bang? E aquela roda gigante?

- Mãe, a que pergunta você quer que eu responda primeiro?- Típico de minha mãe fazer tentas perguntas.

-Todas é claro!

-Qual era mesmo a primeira pergunta? Eu pensei comigo mesma.

- Primeiro, eu estou bem, a viajem foi ótima- Menti. - meu quarto é um sonho, o banheiro então nem as fala, a Inglaterra é linda, bom, pelo menos até onde eu pude ver, e não, eu não vi ainda a roda gigante e nem o Big Bang. E como você esta mãe?

-Eu estou bem. Só com uma enorme saudade de você.- E o papai, como ele esta?